A Justiça do Rio de Janeiro determinou, nesta sexta-feira (26), que o Sambódromo do Rio apresente toda a documentação exigida para funcionamento dentro de 24 horas, sob risco de interdição. A decisão foi tomada pela juíza Mirela Erbisti, da 3ª Vara de Fazenda Pública do Rio de Janeiro, após uma ação popular, liminar, em caráter definitivo.
O motivo é a falta de documentação que deveria ter sido apresentada ao Corpo de Bombeiros. A magistrada ordenou que a decisão seja comunicada aos bombeiros e à Polícia Militar.
Como resultado desta decisão, os ensaios técnicos previstos para o final de semana foram cancelados. Escolas da Série Ouro, como União de Jacarepaguá, Acadêmicos de Vigário Geral, Unidos de Padre Miguel e Unidos Porto da Pedra, que estavam programadas para passar pela Marquês de Sapucaí no sábado (28), e Mocidade e Mangueira, previstas para o domingo (29), foram afetadas.
O coronel Leandro Monteiro, comandante-geral dos bombeiros, afirmou que não foi citado formalmente, mas está mandando uma equipe para fiscalizar o Sambódromo na noite desta sexta-feira. Ele também informou que a Riotur e a corporação assinaram um Termo de Ajustamento de Conduta (TAC) para regularizar a documentação da Marquês de Sapucaí, mas que essa papelada não foi entregue. O secretário de Defesa Civil também afirmou que, devido à falta de tempo hábil para analisar a documentação, equipes dos bombeiros irão fiscalizar o espaço ainda nesta noite.
Em nota a LIESA informou que não recebeu nenhuma intimação:
“A Liga Independente das Escolas de Samba do Rio (Liesa) comunica que, até as 20h desta sexta-feira, não foi intimada de qualquer decisão judicial acerca do Sambódromo do Rio. Uma vez que isso aconteça, a entidade se manifestará em juízo e, se necessário, se comunicará com o público a respeito”.