A Série Prata encerrou sua segunda noite de desfiles, nesta sexta (16), na Intendente Magalhães. Ao todo, 32 agremiações pisaram na Passarela do Povão, visando as duas vagas na Sapucaí.
Vale lembrar, que só as campeãs de cada dia, ascendem à Série Ouro de 2025.
Na última terça, os destaques foram Santa Cruz e Rocinha, na luta pelo acesso. Já nesta sexta, a disputa ficou mais acirrada, com Tradição, Renascer e Cubango, foram as mais cotadas ao título. Algumas escolas estouraram o tempo, e deverão perder décimos na apuração. Na terça, Santa Marta, Acadêmicos de Jacarepaguá e Caprichosos estrapolaram o tempo de 40 minutos. Santa Marta e Caprichosos estouraram dois minutos, enquanto o Acadêmicos, passou seis minutos, além do tempo previsto.
Nesta sexta, apenas a Lins Imperial estourou o tempo. Devido a um problema na direção de seu último carro alegórico, que perdeu o controle e acabou atingindo as caixas de som, grades de separação, quase atingindo o público. O incidente, ocorreu bem em frente ao último módulo de jurado, camarote da presidência e cabine da imprensa. A alegoria precisou ser rebocada, o que atrasou o desfile em 24 minutos.
TERÇA-FEIRA
Feitiço Carioca
A Feitiço Carioca foi a primeira escola de terça. Com o enredo “Vai dizer, que está com medo do feitiço”, a azul e branca de Vila Isabel, surpreendeu o público, e apresentou um ótimo desfile, com a plástica de suas fantasias e alegorias.
Independente da Praça da Bandeira
A azul, verde e branca de Vilar dos Teles, foi a segunda da noite. Com o enredo “Da brisa do mar à luz do luar de Maricá”, a escola meritiense homenageou o município fluminense, citando o turismo na cidade, industrialização, projetos e moeda social, assim como a agremiação União de Maricá e os vermelhinhos, como são conhecidos os ônibus gratuitos, que circulam na cidade, sendo pioneiros na implantação do projeto.
Mocidade Unida do Santa Marta
A Pantera de Botafogo, foi a terceira da noite. A azul e branca do Dona Marta, levou à Intendente o título “Sextou # É só sucesso !”. A agremiação seguiu as duas co-irmãs e também fez grande apresentação. Porém, ao término de seu desfile, a Pantera acabou estourando dois minutos.
Botafogo Samba Clube
A Alvinegra foi a quarta a desfilar. Com o enredo inspirado em uma lenda Carajá, “Tainá-Kan: A Estrela Solitária”, repetiu as boas apresentações, e se destacou pela plástica de suas fantasias e carros alegóricos.
Acadêmicos de Santa Cruz
Visando o retorno à Série Ouro, a Santa Cruz levou à Intendente Magalhães, o enredo “As bruxas estão soltas”. A verde e branca do bairro imperial de Santa Cruz, mostrou sua grandeza, e elevou nível da disputa, e é forte candidata ao acesso. Porém, a correria no fim de seu desfile, pode comprometer a pontuação da escola, na apuração, no que diz respeito à evolução.
Unidos de Lucas
O Galo de Ouro da Leopoldina foi a sexta agremiação a desfilar. A vermelho e amarela de Parada de Lucas, trouxe à Intendente, o carnaval intitulado ” A floresta do Amazonas” se destacou por suas fantasias e pelo bom acabamento em suas alegorias, e pode ser uma surpresa, entre as primeiras colocadas.
Arrastão de Cascadura
A verde e branca de Cascadura e Engenheiro Leal, levou à avenida, o enredo “Icamiabas”, homenageando as tribos de mulheres guerreiras, também conhecidas como amazonas. A escola repetiu a boa apresentação das seis primeiras da noite, porém, deixou alguns buracos ao longo do desfile.
Vizinha Faladeira
A Sereia do Santo Cristo foi a oitava da noite. Com o enredo “O Cais da resistência”, se referindo à região do Valongo, que fica na mesma região da azul, vermelha e branca, teve boa apresentação, mas buracos no desfile, pode tirar a Pioneira, da disputa ao acesso.
Império da Uva
A verde e branca do Carmari, foi a nona agremiação de terça. Com o enredo “Dos trilhos do passado ao novo tempo, Japeri”, a escola de Nova Iguaçu, homenageou a vizinha “Belém” nome dado ao antigo distrito, até 1952, que inclusive, já inclusive já perteceu à cidade natal da verde e branca, até 1991. A escola é uma das que podem surpreender, na briga pelo título.
Unidos da Barra da Tijuca
A azul, verde e branca da Barra, trouxe para a avenida, o tema ” Encontro das Águas”, quando o rio encontra o mar, sob a benção dos orixas.”. Com samba leve, intepretado por Alex Ribeiro, filho de Roberto Ribeiro, o “Jacaré” levantou o público, e se destacou pela fácil leitura de sua vestimenta. Porém, a correria no fim do desfile, comprometeu a evolução, e a escola, também estourou o tempo em um minuto.
União de Jacarepaguá
A verde e branco do Campinho e Vila Valqueire foi a décima primeira, a entrar na avenida. Tentando o retorno à Sapucaí, trouxe para a Intendente, quintal de sua casa, o enredo “A criação do Vodun e o Candomblé jeje.”
O destaque da União, foram suas belas alegorias, e fantasias a nível Série Ouro. Todavia, o andamento mais apressado de suas últimas alas, comprometeu a boa evolução de boa parte do desfile.
Acadêmicos de Jacarepaguá
Com o enredo ” Quem tem capa, escapa”, que conta a história sobre o Exu Tranca-Rua, poderoso protetor das ruas e o porteiro do mundo espiritual.
A escola teve uma fácil compreensão de suas fantasias e enredo, no sentido geral. Porém, com parte de seus componentes, sem saber a letra do samba, a evolução ficou comprometida. Ainda no fim do desfile, a última alegoria, apresentou problemas no seu curso de desfile, e acabou abrindo enorme buraco, proximo ao último módulo de jurados, que acabou atrasando em seis minutos, o término de seu desfile.
Caprichosos de Pilares
A tradicional escola de Pilares, foi para a Intendente, com o enredo, “A cobra vai fumar” falando sobre a simbologia da serperte, ao longo das diversas culturas, na história da humanidade. A escola que representada por duas serpentes, seguiu sua linha de enredos irreverentes, mas a qualidade de suas fantasias, e a abertura de buraco, comprometeram o desfile, que acabou estourando o tempo, em dois minutos.
Flamanguaça
A escola rubro-negra foi uma das gratas surpresas da primeira noite. Com o título, “Quer apostar?”, citando o lado competitivo do ser humano, a escola também, de Pilares fez uma excelente apresentação. Mesmo com o sol, suas fantasias demonstravam belo acabamento, e de fácil leitura. Destaque também, pelas suas alegorias, nível Série Ouro.
Acadêmicos da Rocinha
Com a reedição do enredo, “Pra não dizer, que não falei das flores”, de 1992. A “Borboleta Encantada”, provou que é forte candidata ao acesso à Série Ouro. Desfilando por volta das 07h00, a escola de São Conrado, apresentou um canto forte, e não se deixou levar, pelo forte calor durante seu desfile. Com um samba já conhecido, a Borboleta também se destacou pela plástica de suas fantasias e carros alegóricos. Foi eleita pela Intendente crítica especializada, como uma das melhores do primeiro dia de desfile.
Arame de Ricardo
Fechando a primeira rodada de desfiles da Série Prata. O Arame de Ricardo, levou à Intendente Magalhães, o enredo ” Quando crescer, quero ser criança. O Arame te ensina brincando”, exaltando o universo infantil, revivendo as memórias da época da infância. O desfile da azul e branca da Pompéia, foi carregado pelo samba alegre, e pelo colorido, que conquistou o público. O desfile trouxe personagem infantis, como Shrek, Popeye, Frajola, Os Vingadores, entre outros. No fim do desfile, um bonde (ônibus-jardineira), tratou de animar o povão, com todos o personagem do enredo, sendo pilotado inclusive, por Shrek.
SEXTA-FEIRA
Tubarão de Mesquita
A alvinegra mesquitense trouxe à Intendente o enredo ” A Água de nossos rios deságua num Rio maior”. Estreante no grupo, a escola da Baixada Fluminense, contou a história da hidrografia de sua região, e alertou sobre o uso consciente da água. A escola se destacou pelo capricho nas fantasias e carros alegóricos, e teve o samba composto pela dupla Sergio Fonseca e Ailton Moura, conduzido por Ito Melodia, conquistou o público.
Independentes de Olaria
O Lobo da Leopoldina foi a segunda agremiação desta sexta. Com o enredo “Ao Som do Chorinho, Vou Sorrir Serei Feliz..Bem Feliz!” a azul e branca, teve um desfile empolgante, com um canto forte, impulsionado pela bateria Alcatéia do Ritmo e pelo samba leve, interpretado por Juan Briggs.
Acadêmicos da Abolição
A verde e branca da Abolição levou para a avenida, o enredo ” Axé Ngoma! A Festa do Batuque Ancestral!” que enaltece o elemento ancestral Ng’oma ou Ngoma, faz reverencia ao deus supremo Zambi, e a criação do mundo.
A escola foi a terceira a desfilar, e teve com destaque, a plástica das fantasias, assim como o acabamento de seus carros.
Unidos de Vila Santa Teresa
A azul e branca da Vila Santa Teresa, que compreende parte dos bairros de Rocha Miranda, Coelho Neto e Honório Gurgel levou ao seu desfile, o enredo Solange – da minha, da sua e da nossa morada do samba”, homenageando a Solange Cruz, presidente da Mocidade Alegre, atual bicampeã do Carnaval Paulistano. A escola fez um bom desfile. Mas, foi atrapalhada pela falha no sistema de som, que ficou grande parte do desfile, inaudível, que acabou exigindo mais de seus componentes, que foram saudados pelo público. O samba da Vila, foi interpretado por Danilo César, atual intérprete do Acadêmicos de Vigário Geral e Unidos do Jucutuquara, considerado como “A voz do carnaval capixaba”.
Renascer de Jacarepaguá
A vermelho e branco do bairro do Tanque, foi a quinta escola da última sexta, com o enredo “Ubuntu-do berço ancestral, um ideal para mudar o mundo”, e fez um excelente desfile, que a credencia, como forte candidata ao título. A escola da Zona Oeste apresentou um alto nível, em suas fantasias e alegorias e será uma das principais concorrentes ao acesso à Série Ouro.
Força Jovem
Substituta da União Cruzmaltina, na Série Prata, a escola vascaína apresentou o enredo “São Januário: a força de um povo.” A sexta agremiação da noite, diferente de sua antecessora, União Cruzmaltina, apresentou um desfile muito abaixo das suas concorrentes. Com uma de suas alegorias dando a impressão de mal acabamento. Além disso, passistas, baianas e bateria, não desfilaram com fantasias, e praticamente, desfilaram com roupa comum. A justificativa, foi que as fantasias não chegaram a tempo do desfile. Os pontos altos, foram o canto, a interação com o público, os casais de mestre-sala e porta-bandeiras, sendo um deles, o casal Ana Paula e Robson, a bateria que sustentou o desfile, além da dupla de intérpretes Serginho do Porto e Dudah.
Tradição
De volta à Série Prata, após dissidência com a antiga LIESB, que culminou na sua filiação à Livres, a Tradição foi a sétima escola desta sexta.
A escola que este ano completa 40 anos, apresentou o enredo, “Trono negro”, em referências às realezas africanas. Desfilando em seu quintal (Intendente Magalhães), o Condor fez um excelente desfile, com direito à fantasias e alegorias, em nível de Série Ouro, e também é um forte candidato ao acesso.
Lins Imperial
Oitava escola da noite, foi a Lins Imperial. A verde e rosa do Lins de Vasconcelos, levou para o seu desfile, o enredo “Jovelina- A Pérola Negra do Samba”. De olho em uma das vagas na Série Ouro, a verde e rosa apresentou um enredo leve, de fácil leitura, e de bom acabamento em fantasias e carros alegóricos, que a credenciaria à luta pelo título. Porém, o que ninguém esperava estava no fim do desfile. A sua última alegoria, veio apresentando problemas na direção. E na curva, onde ficam localizados, o camarote da presidência, quarto módulo de juri e cabine de imprensa, o carro acabou perdendo o controle, e atingiu a grade de separação, derrubando a estrutura que sustenta as caixas de som.
Depois de muita tentativa, o carro conseguiu ser recolocado na pista, mas continuou apresentando defeito na sua condução. Componentes precisaram ser retirados, e o carro precisou ser rebocado. Diante todo incidente, a escola estourou 24 minutos, e precisará de todos os outros quesitos, para não rebaixada.
Acadêmicos do Engenho da Rainha
Com o enredo “Rudá-A criação do mundo em um conto de amor”, a vermelha e branca do Morro do Engenho, foi a nona a se apresentar, seu desfile foi embalado pelo bom samba interpretado por Rafael Justino e Wantuir Oliveira. A escola chegou apresentar alguns pequenos buracos, mas não foi nada que comprometesse o desfile.
Acadêmicos do Cubango
Visando o retorno à Sapucaí, “A mais querida de Niterói” levou à Intendente, o enredo ” Os pássaros da noite e o segredo das criações” que fala sobre a criação do mundo, dando foco a ancestralidade da mulher negra, na formação da cultura brasileira.
A escola de Niterói demonstrou toda sua força, e além do seu canto, fantasias e alegorias, assim como a bateria Ritmo Folgado, foram o ponto desfile. E será uma das candidatas ao acesso.
Alegria da Zona Sul
A escola do Cantagalo, Pavão e Pavãozinho foi a décima primeira escola na noite desta sexta. Com o enredo “Festa no quilombo” que é uma reedição de 2003, que deu a escola de Copacabana, um vice-camepeonato. A escola chegou apresentar alguns clarões, durante seu desfile, e ligeiros problemas com fantasias e uma de suas alegorias. Mesmo com um samba reeditado, parte de seus componentes não sabiam a letra da obra. Perto do fim, a escola foi ajustando e fechou seu desfile em 38 minutos.
Flor da Mina do Andaraí
Com o enredo ” Renascença Clube – O Quilombo Urbano da Resistência Negra”, a escola do Andaraí homenageou o clube, que sempre foi um local de resistência negra. Durante o desfile, a verde, vermelho e branco teve alguns problemas com evolução, mas conseguiu terminar o desfile sem sustos.
Leão de Nova Iguaçu
A escola de Santa Eugênia foi a décima terceira a desfilar. Com o enredo “Festa de preto”, a vermelha, branca e amarela, exaltou a ancestralidade negra, seus movimentos culturais e musicais. A escola apresentou problemas em seu desfile, e buraco é visto, no fim do desfile.
Concentra Imperial
Já com o céu claro, a Concentra Imperial foi a décima quarta escola de sexta. A vermelha, amarela e branca de Santa Cruz, veio com o enredo “Recreio… Sol, mar e folia”, contando a história do Recreio dos Bandeirantes, importante bairro da região costeira da Zona Oeste. Seu samba leve e descontraído embalou seus componentes do início ao desfile, sendo uma das surpresas do grupo.
Unidos do Jacarezinho
A “Familia Rosa e Branca”, foi a penúltima escola a desfilar. Com o enredo ” Na Fé dos Padroeiros o Rio pede Paz”, o Jacaré saúda os padroeiros da cidade, e por de ambos, vem pedir paz e clama contra todo tipo de violência. A rosa e branca fez um bom desfile, contando inclusive, com a presença do intérprete Ciganerey, que dividiu o microfone com Ailton Santos. A escola por ter passado mais rápido que a média, teve que segurar seus componentes, nos instantes finais, a fim de ferir o tempo mínimo de desfile. No entanto, situação foi contornada, e o desfile terminou em 39 minutos.
Acadêmicos do Dendê
Por volta das 07h30 o Acadêmicos do Dendê encerrou o segundo de desfiles da Série Prata. Com o enredo ” Na beleza das flores e no brilho das cores… Mulheres guerreiras do nosso Brasil…” exaltando ao feminismo e mulheres que foram protagonistas na história do Brasil.
A azul e branca do Morro do Dendê, que no Tauá, região da Ilha do Governador, fez um desfile correto do início ao fim, sem correrias ou atraso, no seu curso. Porém, a plastica dos carros alegóricos, que eram compostos por queijos e de algumas fantasias, foi um ponto negativo do desfile. O ponto positivo, foi a alegria de seus componentes, que mesmo diante do calor, desfilou com bastante empolgação.
SÁBADO DE SÉRIE BRONZE
Neste sábado, mais doze escolas desfilam pela Série Bronze, desta duas escolas de cada dia (segunda e sábado), serão promovidas à Série Prata.
Confira a ordem:
- União do Parque Curicica
- Acadêmicos do Jardim Bangu
- Siri de Ramos
- Imperadores Rubro-Negros
- Chatuba de Mesquita
- Unidos de São Cristóvão
- Turma da Paz de Madureira
- Mocidade de Vicente de Carvalho
- Acadêmicos do Peixe
- Boi da Ilha do Governador
- Guerreiros Tricolores
- Unidos do Cabuçu
A Unidos de São Cristóvão não desfilou. A escola que seria a sexta a desfilar, não se apresentou. E será rebaixada automaticamente, ao Grupo de Avaliação. A escola não havia divulgado seu samba e seu enredo, até o mês de Janeiro. E suas páginas em redes sociais, encontra-se desatualizada.