Nesta segunda-feira (20), a escola Paraíso do Tuiuti deu início ao segundo dia do Grupo Especial do Carnaval do Rio com um desfile de 2800 pessoas em 26 alas. A apresentação contou a história dos “mogangueiros da cara preta”, seguindo o trajeto de um búfalo da Índia até a Ilha de Marajó, no Pará.
A escola Tuiuti apresentou na Sapucaí um desfile que foi muito além da representação de búfalos. Além desses animais, onças, peixes, macacos, tartarugas, pavões, tigres e muitos outros foram retratados em fantasias e estátuas.
As diversas figuras de animais desfilando na Sapucaí pela Tuiuti tiveram um importante papel em contar as lendas marajoaras e exaltar a arte da ilha, prestando homenagem ao Mestre Damasceno, figura emblemática da cultura popular do arquipélago paraense.
Desde 2017, quando ingressou no Grupo Especial, a escola Tuiuti, sediada em São Cristóvão, vem conquistando seu espaço na Sapucaí. Em 2018, conseguiu sua melhor colocação ao ser vice-campeã do Carnaval carioca.
Buscando alcançar o primeiro título do Carnaval carioca, a Tuiuti iniciou seu desfile com uma comissão de frente composta por um palácio indiano e um vaso da Ilha do Marajó, que ressaltavam a origem dos búfalos retratados. O carro abre-alas manteve a temática indiana, com referências à religião hinduísta.
Tuiuti transformou o sambódromo virou ‘bufódromo’
Rosa Magalhães e João Vitor Araújo, carnavalescos da Tuiuti, também surpreenderam o público com um carro alegórico repleto de monstros marinhos, que representavam as tormentas enfrentadas pelos marinheiros no passado da colonização paraense e ainda hoje.
Após as referências indianas, a escola direcionou o foco para a cultura marajoara. O quarto carro alegórico prestou homenagem à arte da cerâmica, exibindo vasos, pratos e outros objetos.
Para finalizar o desfile, a Tuiuti transformou o Sambódromo em um verdadeiro “Bufódromo”, com destaque para Damasceno, um dos maiores representantes da cultura popular da Ilha de Marajó.