A campanha de vacinação contra a dengue no Rio de Janeiro alcançou um novo marco ao iniciar a imunização de jovens com idades entre 13 e 14 anos. Com isso, toda a faixa etária de 10 a 14 anos está agora coberta pela iniciativa, conforme estabelecido pelo Ministério da Saúde.
O aumento dos esforços de vacinação ocorre em meio ao crescimento alarmante dos casos de dengue na cidade. Com o recente registro de duas mortes, o total de óbitos relacionados à doença subiu para quatro, destacando a urgência de medidas preventivas.
“É essencial que, ao surgirem os primeiros sintomas – febre, dores no corpo, dor atrás dos olhos – as pessoas busquem imediatamente atendimento médico para diagnóstico e tratamento adequado”, ressaltou o secretário Municipal de Saúde, Daniel Soranz.
Desde o início da campanha, em fevereiro, já foram administradas 48 mil doses da vacina, com o objetivo ambicioso de imunizar os 345 mil jovens de 10 a 14 anos na cidade. Apesar disso, a adesão de crianças de 10 e 11 anos tem sido abaixo do esperado, algo que o secretário atribui à novidade da vacina.
A vacina Qdenga, produzida pelo laboratório japonês Takeda, está disponível em todas as 238 unidades de atenção primária do município, bem como em centros de vacinação específicos, como o Super Centro Carioca de Vacinação em Botafogo e Campo Grande.
Para receber a vacina, os menores devem estar acompanhados por um responsável e apresentar documentação adequada. O esquema de vacinação consiste em duas doses, com um intervalo de três meses entre elas.
A segurança e eficácia da vacina foram garantidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). É importante ressaltar que jovens que já tiveram dengue também devem receber a vacina, com exceção de casos específicos, como gestantes, lactantes e pessoas com imunodeficiência congênita ou adquirida.
Além da vacinação, a população é incentivada a adotar medidas de prevenção, como evitar a formação de criadouros do mosquito transmissor, usar repelentes e vestuário adequado, e manter telas de proteção em portas e janelas. Com esses esforços combinados, espera-se conter o avanço da doença e proteger a saúde da população carioca.